sábado, 19 de maio de 2012

Ensaio de um escritor que não escreve


       É segunda feira, dia 29 de agosto de 2011, a pouco chovera em Santa Rosa, cidade interiorana do Rio Grande do Sul. Por coincidência, não faz muito, que em um dos poucos aparelhos eletrônicos presentes na casa – o notebook, com o player de música que há horas trabalha sem interferência, toca em sua playlist randômica “Bidê ou Balde – Adoro quando chove”. Quando digo “poucos aparelhos eletrônicos”, na verdade quero dizer dois: além do notebook, há o celular.
        Aos olhos do leitor, essas informações podem parecer demasiadamente vagas, mas ao longo do intento deste escrito, acredito que virão a ser clareadas.  Primeiramente, que escrever um livro em pleno século XXI, poderia ser por muitos, considerado um trabalho enfadonho com alto dispêndio de energia e tempo, no entanto, tenho esperanças que este possa algum dia, convier especialmente àqueles que escolhem, por livre arbítrio, se manterem distantes, sei, ao modo que lhes é possível, da decante cultura vigente. Por algum motivo desconhecido, ao qual a perspicácia não consegue apreender, há tempos percebo uma distanciação natural da minha personalidade daquilo considerado convencional, desde a tenra idade uma inclinação para chocar “os maiores” com pensamentos considerados inaptos e por vezes blasfemos. Em decorrência disso, obviamente temos uma resposta da sociedade, sendo recebida diariamente de inúmeras formas: a censura, os modelos éticos, que vão aos poucos tentando nos tornar mais um modelo ideológico, feitos na fornalha da padronização dos valores.  
         Além disso, acredito com veemência que há no cerne de minha criatura uma energia mítica e medieval, que me torna um sagaz apreciador da arte da escrita.Justificativa suficientemente contundente para tentar parir livros.

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